…
Vem
a mim, amigo!
Se
cedes, não terás sede.
Água
tens comigo.
Não
vais desistir?
Tu
feres outrem e a fé.
Deixas
de existir.
Mal da mente tiras.
Eu sei que de ti cansei.
Vives de mentiras.
Livra-te
da ofensa.
A morte não cinde o amor.
Perdão as chagas pensa.
Se ouvisse, oporia.
Atente! Se ouvir, entende.
Disfarce a aporia.
Há
amor que esfria.
Talvez, foste-te de vez.
Afinal, és fria.
Desejo-te êxito.
A morte cede ao amor.
De viver não hesito.
O
amor te desperta.
É dia, ouço a Cotovia.
Meu beijo te alerta.
Tempo não pressente…
Se vir não será devir.
Não toque o presente…
Há
eltras trocadas.
Talvez, às claras não vês.
Tens
vistas cansadas?
Com luxo te vestes.
Às traças caminho traças…
No céu não investes.
Vento
acresce as vagas.
Se leve cais, bem te elevas.
As lágrimas afogas.
Ao céu não hás de ir.
A luz não mais te seduz.
Mal vais em ti adir.
Atentai
ao ouvido!
As
vis palavras ouvis.
Quereis
cair no olvido?
Mar! O que flagraste?
Há vela alta e quilha
velha
Oh nau! Naufragaste
Mal
vem de cisão.
Se
fé tens, tu não te feres.
Toma
a decisão.
Sempre hei de existir.
Em ti, paz e amor senti.
Não vou desistir!
Há a amenidade.
Do ocaso não faço caso.
Tenho amena idade.
À
fé hei de ver.
Há luz que mais me seduz.
A Ele estou a dever…